domingo, 24 de maio de 2009

Domingos deprimentes....

E por quê será que os domingos são sempre tão deprimentes, pai? Deve ser porque me deparo com a realidade, o Leandro vai embora e parece que um fio de alegria é cortado... E já não tenho mais tu aqui, pra comer ovo frito com arroz e batucar na mesa...
Não estou dizendo que a companhia das gurias seja algo desagradável, nada disso, é sempre bom estar ao lado delas, mas parece que sempre falta alguma coisa...
Será que vai ser assim pra sempre, pai? Será que sempre vai faltar alguma coisa?
Meu fim de semana não foi bom, com a mana doente eu não consegui desligar nem um momento dela... Não faço por querer, parece algo físico que me pucha pro lado dela, pra minha casa, pro meu lar...
E quando eu penso que o pânico passou, ele vem pai, me deixa mal, me deixa fraca, me deixa irritada... Já não quero mais essa vida pra mim, sair pelas ruas achando que algo vai acontecer, entrar no ônibus e rezar para que eu chegue bem até a minha parada, sair andando e olhando para cada pessoa e imaginando que alguém me fará algum mal... Me sinto desprotegida, me sinto nua no meio de uma guerra...
Parece drama, mas não é, tu sabe como eu me sinto, e sabe que eu não estou fingindo...
Preciso me tratar, mais do que já me tratei, se não nunca vou conseguir viver intensamente como eu realmente quero... Quero ser livre pai, sair por aí sem medo, sem inseguranças... Quero poder não depender de ninguém para me sentir protegida...
Será que isso um dia vai passar, pai?
Bom, vou durmir e esperar passar este domingo chato...
Amanhã nos vemos, boa noite, dorme bem, te amo meu véio...

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